26 de dez. de 2007

Natal em família

Definitivamente passar o Natal com a minha família não é uma coisa recomendada para pessoas com problema de auto-estima. Não sei se pelo estigma de mulher forte ou por pura implicância, todo ano sempre tem alguém que em algum momento vai criticar meu cabelo, ou por estar muito grande, ou pequeno demais, ou sem brilho, ou sem corte. Ele nunca tá bom.

Outra certeza de fim de ano é ser chamada de gorda por alguma tia, prima ou irmão. Essa parte é ainda pior porque dependendo de quanto acima do peso está pode ouvir desde "você engordou" até uma pergunta maldosa do tipo "você está grávida?".


No fundo é uma família amorosa, com ótimas cozinheiras e todas muito jovens. Foi com elas que aprendi a esconder minha idade. Esse ano minha diversão foi dizer que tinha pelo menos cinco anos menos do que de fato tenho e ouvir das minhas tias que tenho carinha de 15. Ganhei o ano.
Porque para as mulheres da minha família ofensa mesmo não é chamar de gorda ou criticar o cabelo. Ofensa de verdade é chamar de velha. E não existe Rocha do sexo feminino que não diminua pelo menos uns dez aninhos na idade.

Quem as conhece já sabe que nunca, nunca mesmo, deve perguntar quantos anos uma mulhar dessa família tem. O único que sabe a idade de todo mundo, porque tem uma ótima memória e é muito bom de matemática, é meu tio Zeca. Com ele por perto não dá para mentir. Portanto, nada de apresentar namorados, rolos e afins, para esse tio.

Saudade da minha família

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